terça-feira, 27 de novembro de 2012



DA SÉRIE: ESCRITORES DA JUVENÍLIA


ESTA SÉRIE É CONSTRUIDA PELOS ALUNOS DA ESCOLA E. JUVENÍLIA FERREIRA DOS SANTOS QUE APÓS A APRENDIZAGEM DO CONTEÚDO EM SALA DE AULA PRATICAM O ESTUDO DA FILOSOFIA CRIANDO BELOS TEXTOS PARA ESTE BLOG.

O texto de hoje é  de Mariana Messias Marinho, do 3° "D"


Teoria política de Maquiavel

Após o estudo da teoria de Nicolau Maquiavel pude compreender que, embora muito repudiado pelas pessoas, é pouco compreendido por estas. Além disso, foi um filósofo que rompeu com as concepções cristãs sobre política e inaugurou outras, daí a importância de sua filosofia.
            Maquiavel é considerado o fundador do pensamento político moderno, pois fugia da concepção de que o bom governante seria aquele que possuísse as virtudes cristãs e colocasse-as em prática em seu governo. Em sua obra mais famosa, O príncipe, o filósofo tratou a política como ela é a partir da análise e observação das práticas políticas de seu tempo.
            Segundo Maquiavel, o governante não precisaria ser um modelo de virtude e bondade, deveria focar apenas em permanecer no poder e deixar a República intacta e, para isso, caberia ao príncipe estimular sentimentos de amor e medo entre seus súditos. E se não fosse possível ter os dois, que fosse então temido, pois o amor pode levar à traição.
            Um equívoco comum praticado pelas pessoas é acreditar que o filósofo falou em sua obra que “os fins justificam os meios”. O que foi falado é que, na política, o que contam são os resultados. “...os meios de que se valer serão sempre julgados honrosos e louvados por todos, porque o vulgo atenta sempre para aquilo que parece ser e para os resultados”.
            Em sua teoria há dois conceitos importantes: virtù e fortuna. Virtù é a capacidade de governo, de tomar decisões e gerenciar conflitos e fortuna é o momento histórico, em muito determinado pelo acaso que não dependo do príncipe. Bom governante é aquele que, perante uma fortuna desfavorável, governa com tal virtù capaz até de reverter, em proveito próprio, aquilo que existe de mais negativo em seu governo.
Em suma, Maquiavel trata da dessacralização da política, ou seja, ele retira o sagrado, o governante não tem o poder divino. Não foi Deus quem o colocou lá, mas sim a partir de sua virtù após considerar a fortuna.

Mariana Messias Marinho – 3º D

Nenhum comentário:

Postar um comentário