DA SÉRIE: ESCRITORES DA JUVENÍLIA
ESTA SÉRIE É CONSTRUIDA PELOS ALUNOS DA ESCOLA E. JUVENÍLIA FERREIRA DOS SANTOS QUE APÓS A APRENDIZAGEM DO CONTEÚDO EM SALA DE AULA PRATICAM O ESTUDO DA FILOSOFIA CRIANDO BELOS TEXTOS PARA ESTE BLOG.
O texto de hoje é de Mariana Messias Marinho, do 3° "D"
Teoria política de Maquiavel
Após
o estudo da teoria de Nicolau Maquiavel
pude compreender que, embora muito repudiado pelas pessoas, é pouco
compreendido por estas. Além disso, foi um filósofo que rompeu com as
concepções cristãs sobre política e inaugurou outras, daí a importância de sua
filosofia.
Maquiavel é considerado o fundador do pensamento político
moderno, pois fugia da concepção de que o bom governante seria aquele que
possuísse as virtudes cristãs e colocasse-as em prática em seu governo. Em sua
obra mais famosa, O príncipe, o
filósofo tratou a política como ela é a partir da análise e observação das
práticas políticas de seu tempo.
Segundo Maquiavel, o governante não precisaria ser um
modelo de virtude e bondade, deveria focar apenas em permanecer no poder e
deixar a República intacta e, para isso, caberia ao príncipe estimular
sentimentos de amor e medo entre seus súditos. E se não fosse possível ter os
dois, que fosse então temido, pois o amor pode levar à traição.
Um equívoco comum praticado pelas pessoas é acreditar que
o filósofo falou em sua obra que “os fins
justificam os meios”. O que foi falado é que, na política, o que contam são
os resultados. “...os meios de que se
valer serão sempre julgados honrosos e louvados por todos, porque o vulgo
atenta sempre para aquilo que parece ser e para os resultados”.
Em sua teoria há dois conceitos importantes: virtù e fortuna. Virtù é a capacidade de governo, de tomar decisões e
gerenciar conflitos e fortuna é o momento histórico, em muito determinado pelo
acaso que não dependo do príncipe. Bom governante é aquele que, perante uma
fortuna desfavorável, governa com tal virtù capaz até de reverter, em proveito
próprio, aquilo que existe de mais negativo em seu governo.
Em
suma, Maquiavel trata da dessacralização da política, ou seja, ele retira o
sagrado, o governante não tem o poder divino. Não foi Deus quem o colocou lá,
mas sim a partir de sua virtù após considerar a fortuna.
Mariana Messias Marinho – 3º D